domingo, 28 de outubro de 2007

Modelando um Hopper Parceria MRS




Introdução

Com o objetivo de otimizar a utilização da malha ferroviária e atender uma maior gama de clientes, foi firmada uma parceria da Brasil Ferrovias com a MRS para transporte de grãos. A partir do ano de 2003 pudemos verificar os frutos dessa parceria através da reforma dos antigos vagões FHD’s: os denominados “romenos”, os vagões fabricados pela FNV e de tantos outros que podem ainda ser fotografados nas nossas ferrovias . A reforma consistiu basicamente na retirada das portas laterais dos vagões e soldagem de uma placa de aço no lugar dela. A pintura característica desses vagões é o cinza médio com os logotipos das empresas na lateral do lado direito, tanto da BF quanto da MRS.

Para retratarmos esse modelo em nossas ferrovias em escala, tomamos como partida o vagão Frateschi referência 2057, apesar de que essa modificação pode ser aplicada a modelos da Roundhouse e Walthers, com algum desconto para a fidelidade ao modelo original. De preferência utilize o modelo sem pintura, que pode ser adquirido nas lojas de modelismo, uma vez que os modelos já pintados trazem o trabalho adicional de retirada da pintura ou dos logos e inscrições, o nem sempre se consegue fazer com sucesso.

 

Construção

Primeiramente é necessário desmontar o vagão. Retire o chassi e guarde para a montagem final. Pode deixar os truques e rodas montadas para não espalhar as peças. Depois temos que deixar o fundo do vagão reto sem as guias de movimentação da portas. 




Esse processo dever ser feito com um estilete bem afiado e com muito cuidado para não ferir as mãos. Procure seguir paralelamente a linha de solda de forma que exista um espaço de 1 mm entre essa linha e o final da chapa de aço. Não é necessário dar o acabamento final agora, mas procure deixar o mais próximo possível. Isto porque depois de retiradas as portas a estrutura toda do vagão ficará mais fraca. 



 Depois corte a porta do vagão com uma serrinha tipo hobby de ambos os lados. Siga a linha da porta para se orientar no momento do corte e pare a 2 mm do teto do vagão. Elimine com um estilete o detalhe da guia superior da porta. Para fazer o último corte da parte superior da porta, retire os detalhes do caminho de onde você vai marcar o plástico para que o estilete possa fazer uma linha reta. Passe o estilete pelo menos três vezes para que o corte fique profundo. Depois empurre com cuidado a porta para dentro do vagão de forma que o estireno “quebre” no local onde foi feito corte do estilete. Como você poderá verificar, a marcação profunda feita com o estilete deixará a parte superior da porta reta depois de retirada do plástico. O ideal é que o estilete faça a metade do trabalho, isto é, corte metade o plástico e o que falta será “quebrado” quando se força a porta para dentro do vagão. Lime e lixe o excesso de plástico de maneira a deixar o trabalho uniforme, por toda a volta do plástico retirado.

 



Para fazer o último corte da parte superior da porta, somente marque com um estilete o local. Passe pelo menos três vezes para que o corte fique profundo. Depois empurre com cuidado a porta para dentro do vagão de forma que o estireno “quebre” no local onde foi feita a marcação com o estilete. Faça isso com cuidado objetivando deixar o corte o mais reto possível. Retire os detalhes do caminho de onde você vai marcar o plástico para que o estilete faça uma linha reta. Como você poderá verificar, a marcação profunda feita com o estilete deixará a parte superior da porta reta. O ideal é que o estilete faça a metade do trabalho, isto é, corte metade o plástico e o que falta será “quebrado” quando se força a porta para dentro do vagão. 

 




Após retirar as portas, lime e lixe as rebarbas de plástico de maneira a deixar o trabalho uniforme, por toda a volta do plástico retirado.

 


Retire também a guia superior da porta que ficou no corpo do vagão. Outros detalhes do vagão devem ser retirados com um bisturi bem afiado uma vez que o protótipo não tem tais detalhes.

Para a confecção da chapa que ficou no lugar da porta, corte um pedaço de estireno de 1 mm de espessura e com as medidas aproximadas de 2,3 mm de largura por 3,2 mm de altura. As medidas exatas devem ser tomadas diretamente do modelo uma vez que elas podem variar de acordo com o corte feito. Caso você esteja fazendo uma série desse modelos para sua composição, não se preocupe em deixá-los todos iguais, pois isso não acontece nem na ferrovia real.


Procure deixar a chapa o mais próxima possível do espaço que foi cortado pois durante a pintura qualquer defeito na montagem ou colagem ficará mais evidenciado. Para fixar a chapa de estireno no vagão, é recomendado utilizar um reforço por dentro feito de sobras de estireno, para que a chapa fique bem firme no modelo até que a cola faça o efeito de fixar a peça.  

 

Para dar firmeza ao modelo durante a secagem, utilize um elástico até a cola fazer o efeito completo desejado. Quaisquer espaços entre a chapa e o modelo deve ser preenchidas com massa de modelagem (massa putty). Após a aplicação da massa é necessário lixar o local com uma lixa de granulação média (lixa 183) e depois outra de granulação alta (lixa 400 ou 600) para deixar o local bem liso e preparado para pintura.



 

Deixe a chapa de estireno um pouco mais funda do que a lateral do vagão para se ter o efeito “remendo” que pode ser vista nos detalhes das fotos do protótipo abaixo. 

Deixe a cola secar bem antes de iniciar a pintura do vagão. Lave o modelo com uma escova de dentes e sabão neutro antes de pintá-lo. 

Veja abaixo o modelo pronto: 





domingo, 16 de setembro de 2007

RS1 EFSJ

Modelo da Estrada de Ferro Santos à Jundiaí - RS1 do fabricante Atlas. Os decais são LAF, que apesar da idade ainda conservam a sua qualidade. Para confecção do modelo foi retirada a tinta original da carcaça, aplicado um fundo acrílico e depois foram dadas 3 demãos de tinta. Para proteção foi aplicado verniz. Fotos tiradas na antiga maquete da Sociedade Brasileira de Ferreomodelismo - SBF.

 



Fabricado em 2007

Liz

Tanque de Cimento



Construção:

O modelo é um tanque produzido da Frateschi (referência 2021) com pintura aerografada. Os decalques da Decais do Carlão que são feitos com folhas importadas e elaboradas em impressoras laser. Para acabamento e proteção foi aplicado verniz semi-brilho.




quinta-feira, 16 de agosto de 2007

FHD RFFSA - União Seguros



O vagão utilizado foi o Hopper Fechado Frateschi (referência 2058). A pintura é aerografada na cor branca. Os decalques são da PVR Ferro Decais. Os rodeiros são originais de fábrica RP25. Os engates foram trocados pelos Kadee nº 5. Para acabamento e proteção foi aplicado verniz fosco.

Cia União de Seguros foi uma das mais tradicionais empresas do setor no Brasil. Fundada em 1891 completou 100 anos e teve seu logo pintado em vagões da RFFSA. Em 1997 a empresa foi adquirida pelo Bradesco em leilão público. Ainda hoje os antigos funcionários da União de Seguros fazem encontros para manter contato e relembrar os tempos áureos da empresa.



quinta-feira, 5 de julho de 2007

MRS - FHS - Fechado Hopper



O modelo é FHD (fechado hopper) da Frateschi (referência 2058). A pintura é aerografada na cor creme. Os decalques são da Decais do Carlão produzidos em folhas importadas e através de impressão a laser. Para acabamento e proteção foi aplicado verniz fosco.

Fabricado em 2007.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Engates Kadee nas locomotivas V8 da Frateschi

Este artigo objetiva mostrar uma técnica simples de troca do engate original, da locomotiva V8 da Frateschi, para o engate tipo mandíbula do fabricante Kadee.

Primeiramente, desmonte com cuidado o truque guia da locomotiva. Para isso retire o parafuso que prende o truque guia do restante do chassi da máquina, conforme indicado abaixo na foto 1.

Foto 1

Retire as rodas do truque e guarde para mais tarde recolocá-las. Retire também o engate original de fábrica conforme demonstrado na foto 2. Esse engate é encaixado e para retirá-lo basta pressionar as abas na parte interna do truque guia.

Foto 2

Sugerimos utilizar o Kadee de número 42, que tem como característica a  mandíbula deslocada para baixo do eixo do engate. Não é possível usar o mais popular dos engates da Kadee, o número 5, pois sua altura ficaria posicionada errada e assim inviabiliza sua utilização para esta técnica.  Compare nas ilustrações abaixo os desenhos, cuja fonte é o site do fabricante (www.kadee.com),  que mostra o posicionamento das mandíbulas em relação ao eixo do engate. 

   
Kadee nº 42           e        Kadee nº 5

Observe que o posicionamento da garra do modelo de número 42 é mais baixo do que o do modelo de número 5, eliminando a necessidade de adaptações na altura do mesmo. Na verdade a caixa do engate fica mais alta 10,3 mm ou 13/32 polegadas contra 9,1 mm  ou 23/64 polegadas. A utilização desse produto descarta quaisquer outras modificações no truque guia da V8 e preserva a originalidade do modelo.

A caixa injetada no corpo do truque guia não permite a instalação do conjunto completo (corpo, tampa e mola) do engate Kadee, pois não cabe no espaço disponível, assim vamos somente utilizar a sua tampa. Sem a mola a mandíbula não fica centralizada exigindo uma atenção maior do modelista nas manobras de engate em vagões e carros de passageiros.

Para que tampa da caixa do Kadee caiba no espaço do antigo engate, corte as "orelhas" da tampa e lixe suas laterais de modo fique entre sem esforço e fique centralizada quando instalada. Não tenha pressa e experimente várias vezes a peça no local para verificar o quanto se tem que tirar do plástico. Altere também a altura do ressalto onde se coloca o corpo do engate. 

Foto 3

Faça um furo com um mandril manual mais ou menos 3 mm antes do final da caixa do engate para instalação de um parafuso pequeno. Tome cuidado para que o parafuso não ultrapasse o passadiço do truque guia, pois se isso acontecer poderá atingir o corpo da locomotiva quando estiver em movimento. Utilize um parafuso de medidas 2,2 x 2,6 mm de cabeça chata.   

Foto 4

Remonte e reinstale o truque guia no chassi da locomotiva. Tome cuidado para não apertar demais pois isso tira a mobilidade do truque. Por último verifique a altura do engate já instalado com o guia do fabricante.


Foto 5



domingo, 20 de maio de 2007

Parceria MRS / Cargill - 2

 




Parceria MRS / Cargill

 


O modelo é originalmente um FHD (fechado hopper) da Frateschi (referência 2058) transformado em uma HFS (hopper fechado).  A transformação consiste em retirar a porta do modelo e substituí-la por uma chapa de estireno. A pintura é aerografada e o envelhecimento foi feito com giz pastel. Os decalques são da MRZ Decais que eram produzidos em folhas importadas e através de impressão a laser. Para acabamento e proteção foi aplicado verniz fosco.

Parceria - Brasil Ferrovias / MRS / Cargill

 



O modelo é originalmente um FHD (fechado hopper) da Frateschi (referência 2058) transformado em uma HFS (hopper fechado).  A transformação consiste em retirar a porta do modelo e substituí-la por uma chapa de estireno. A pintura é aerografada e o envelhecimento foi feito com giz pastel. Além do envelhecimento, também foi aplicada pichação no vagão para 1- diferenciar o modelo na composição; e 2- dar uma característica que pode ser observada na realidade da ferrovia.

domingo, 6 de maio de 2007

Tanque Novoeste TCC

 


O vagão utilizado foi o Tanque Frateschi domo longo (referência 2031). A pintura é original da fábrica sem a tampografia do logotipo e outras especificações. Para acabamento e proteção foi aplicado verniz fosco.

Fabricação 2007